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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO /REGIMENTO ESCOLAR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO /REGIMENTO ESCOLAR

 

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Estabelecimento de Ensino: Escola Estadual de Ensino Fundamental Anna Willig

Telefone: 54 33143232

Entidade Mantenedora: Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul

FILOSOFIA

“Despertar no aluno o senso crítico, desenvolvendo habilidades e cultivando valores que propiciem mudanças e adaptações, tornando-o cidadão consciente, apto a viver em comunidade realizando-se como pessoa.”

OBJETIVO GERAL DA ESCOLA

                Vivenciar relações na Escola que possibilitem a construção e transmissão dos conhecimentos, historicamente acumulados através do diálogo, da participação, visando à formação de um sujeito crítico, capaz de compreender o mundo e transformá-lo.

CONTEXTUALIZAÇÃO

A Escola é recente na história da humanidade, é mais recente, ainda, a universalização da educação fundamental, que só começa a se tornar uma realidade, a partir do século XX.

                É a primeira vez, na história da humanidade, que mudanças muito grandes acontecem dentro de uma mesma geração. O desenvolvimento tecnológico foi muito grande nos últimos 50 anos, o que modificou as formas de comunicação humana.

                A escola é uma instituição de sucesso, porque garantiu que a escrita continuasse de geração em geração, buscando, então, a universalização da leitura e escrita. É um espaço de comunicação entre adultos e crianças e entre gerações.

Cabe reconhecer o quanto o Brasil avançou em direção à democratização ao acesso e da permanência dos estudantes na Educação Fundamental. Entretanto, avalia-se que o modelo educacional vigente não provou mudanças efetivas de comportamento para construir uma cidadania solidária, responsável e comprometida com o país e com seu futuro.

                Em consequência do avanço cultural, tecnológico e científico, houve, indiscutivelmente, um avanço no conhecimento sobre o ser humano. A educação, no Brasil, dispõe de muitos conhecimentos para que se tentem novos caminhos de ensino, mas é bom colocar-se na perspectiva que é um caminho sólido e não se está inventando tudo agora.

 

CURRÍCULO

                O Ensino Fundamental, com duração de 9 anos, vem contemplar o ingresso da criança de 6 anos no ensino obrigatório. Sendo assim, o currículo do 1º ano deve possibilitar a qualificação do ensino e aprendizagens dos conhecimentos preparatórios para a alfabetização e letramento, não priorizando estas aprendizagens como única forma de promover o desenvolvimento das crianças desta faixa etária, mas, também, o desenvolvimento das expressões e o conhecimento nas diversas áreas.

Nesse sentido deve se considerar o desenvolvimento de práticas educativas que considerem todas as dimensões e competências humanas potencializadas nas crianças, levando em conta o contexto social, cultural e familiar que estão inseridas.

                Faz-se necessária a adequação das áreas do conhecimento e dos temas transversais na construção de um programa pedagógico conveniente à nova política educacional, possibilitando o desenvolvimento do currículo para as crianças dos anos iniciais.

                Tudo isso deve acontecer num contexto onde cuidados e educação se realizem de modo prazeroso, lúdico, onde o ambiente educacional seja estimulante e desafiador, pois, no currículo a criança aprende o que vive integralmente no decorrer de suas fases.

                A necessidade de refletir sobre a finalidade e operacionalidade dos currículos escolares e suas articulações. As mudanças se fazem necessária devido a globalização, impacto tecnológico a qualidade da educação e o compromisso social. O currículo significa todas as ações educativas da escola voltada à perspectiva historiada de mundo, homem, sociedade e escola.

                Segundo o Parecer do CNE nº 04/98 ensina que o currículo envolve: o currículo formal (planos e propostas pedagógicas), currículo ações (efetiva o que acontece na sala de aula nas escolas), currículo oculto (não dito, que educandos e professores trazem e tem sentido próprio).

                O Parecer do CEED nº 323/99 entende que o currículo é: o que se deseja (intencionalmente dos sujeitos envolvidos); é aquilo que de fato se consegue alcançar (decorrentes das circunstancias dos sujeitos envolvidos); é aquilo que de fato se consegue alcançar (decorrentes das circunstancias condicionadas do fazer e da postura e intenção do professor); á aquilo que poucos se dão conta (que elementos culturais e ideológicos subjacentes a todos pensarem sentir e agir).

                Mas o currículo e suas condições nas regulamentações sociais são: fazer a criança “aprendiz” introduzindo uma concepção moderna de infância, que dá atenção às coisas do mundo de uma forma lúdica, criativa, assumindo, assim, um lugar de destaque nos conhecimentos. Na verdade o currículo é uma construção social de conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção efetive coletivamente, sendo que o processo de ensinar e de aprender partem do conhecimento do sujeito, de suas experiências, sendo assim um currículo flexível, respeite a capacidade do indivíduo de executar, recriar através de noções concretas, ricas em diálogo, significado e possibilidades de interpretação.

                O currículo, professor e aluno se mantém abertos ao mundo ao seu redor.

 

METODOLOGIA

                As múltiplas formas de diálogo e interação são o eixo de todo o trabalho pedagógico, que deve primar pelo envolvimento e pelo interesse dos educadores em todas as situações provocando, brincando, rindo, apoiando, acolhendo, estabelecendo limites com energia e sensibilidade, consolando, observando, estimulando e desafiando a curiosidade, criatividade por meio de exercícios de sensibilidade, sobretudo, os que promovam a autonomia, a responsabilidade e a solidariedade.

                Para as 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental de 09 anos a metodologia deve ser participativa, idealizadora e transformadora de novos conhecimentos. Por isso deve-se oportunizar o educando o desenvolvimento de suas potencialidades integralmente construindo juntos o aprender.

                Para Gardenei (1994) “ somos criaturas de cultura e do contexto e ambos influenciam a maneira como potenciais   evoluem; a cultura influencia o individuo na maneira com que as inteligências  evoluem influenciadas pelos papéis da sociedade valoriza as áreas nas quais os indivíduos podem adquirir especialização.”

Para Freire (1980) “reconhece que o homem está no mundo e com o mundo, na realidade com a realidade, agindo e refletindo sobre sua realidade, inserindo nela. Estamos no mundo, relacionando-se com ele, inseridos no contexto.”.

Assim a aprendizagem decorre desse jogo de assimilações e acomodações, adaptação e auto-organização que ocorre entre o sujeito e objeto e jamais de ação unilateral do objeto sobre o sujeito. Com estes indicativos, num mundo em permanente evolução, onde o incerto, o imprevisto, as mudanças e as transformações estão cada dia mais presente, onde o conhecimento evolui de forma incontrolável e a quantidade de informações é cada vez maior, desenvolvemos ações para preparar o indivíduo para viver as mudanças, ações comprometidas com a vida, viver e conviver. Precisamos disponibilizar ações de pesquisas, elaboração de estratégias para resolução de problemas, investigações diferentes formas de acesso a elas; uma metodologia que desenvolva habilidades para manejar e produzir conhecimentos que levem ao questionamento do sujeito diante da vida, à metodologia do aprender a aprender, aprender a pensar. Em síntese uma metodologia que há de ser elemento central, com vários caminhos em direção as áreas importantes do conhecimento, das habilidades e valores, que podem desenvolver interesses e capacidades individuais, ações que permeadas pelos princípios éticos de autonomia, responsabilidade, solidariedade e do respeito ao bem comum, cidadania; e para isso se faz necessário o resgate do saber popular, abrangência das situações de ensinar e de aprender perpassará o atendimento ao compromisso científico e filosófico da escola em relação ao saber, saber fazer, ser e conviver, valorizando os conhecimentos prévios a cultura da comunidade, saber local regional e universal, partindo de uma visão humanizada e resgate do seu lugar na sociedade como cidadão consciente de suas ações.

PRINCÍPIOS

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

- Igualdade para o acesso e permanência na escola.

- Liberdade de aprender, ensinar pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento a arte e o saber.

- Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.

- Respeito à liberdade e apreço à tolerância.

- Respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas e religiosas.

- Direito da criança de brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil.

- O acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando a capacidade relativa à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética.

- A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação nenhuma.

- O atendimento dos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade.

 

AVALIAÇÃO

                Quanto à avaliação da aprendizagem, faz-se necessário assumir como principio que a escola deve assegurar a aprendizagem de qualidade a todos. Assumir a avaliação processual, diagnóstica, participativa, formativa, com objetivo de redimensionar a ação pedagógica, elaborar instrumentos e procedimentos de observação, de registro e de reflexão constante do processo ensino-aprendizagem, romper com a prática tradicional de avaliação, limitada a resultados finais traduzidos em nota, e romper, também com o caráter meramente classificatório.

                Avaliar a aprendizagem consiste em emitir num juízo de valor a respeito do nível de conhecimentos, competências e habilidades alcançadas pela criança em comparação com os objetivos e metas propostos.

                A avaliação é motivo de preocupação para todos apesar dos estudos feitos e discussões sobre o assunto.

                Para Luckesi (1996 p.69) “(...) Entende a avaliação como um juízo de qualidade sobre dados n relevantes, tendo em vista uma tomada de decisões”. Compreendido que avaliar envolve um julgamento de acertos que nos levam a quanto o estudante aprendeu e que caminhos devemos seguir, em relação aos conteúdos e aos objetivos do ensino. Dessa forma a avaliação necessita estar presente em todos os momentos, construindo processos dinâmicos, assumindo assim função diagnóstica convertendo para um caminho de transformação da prática pedagógica do professor que deve superar a simples verificação e mensuração dos resultados. Porque verificar é constatar o que ou quanto o estudante aprendeu, ou alcançou do objetivo traçado.

                Nesta perspectiva, avaliação exige compromisso, envolve a tomada de decisões em face das exigências do processo do ensino aprendizagem do sistema escolar. É necessário mudanças nas práticas e na mentalidade.

                Vasconcelos (1994 p.53) “não basta o professor apenas reproduzir um discurso adquirido em estudos, leituras e cursos que é insuficiente para a garantia da aprendizagem, isso precisa ser incorporado nas ações diárias, transpostas para a prática cotidiana de sala de aula, necessita de atividades avaliativas coerentes com o discurso inovador, através da ação-reflexão-ação”.

                Luckesi (1996 p 92) conceitua: “o processo de verificar configura-se pela observação, obtenção, análise e síntese das informações que determinam o objeto ou o ato com o qual se está trabalhando”.

                Hoffmann (1996 p. 47) expõe: “a medida deve ser considerada pelo seu significado próprio e medimos extensão, qualidade, volume e outros atributos dos objetos e fenômenos. Numa proposta que tem como objetivo desenvolver capacidades e não apenas dominar conteúdos, a avaliação assume outras funções que não costumeira medição”.

Nos PCNs a avaliação serve de indicador para orientar a prática educacional, mostrando ao professor quanto é preciso realizar ajustes no processo educativo, não podendo, portanto, ser feito apenas momentos específicos ou finais do ano letivo. A avaliação exige observação sistemática dos estudantes para saber se estão aprendendo, como estão aprendendo e em que condições e atividades eles encontram maior ou menor dificuldades, não envolvendo somente o domínio específico, e sim, o desenvolvimento das capacidades. É importante também que o estudante entenda como está sendo avaliado e que o resultado seja explicados e discutidos com ele, e não apenas comunicado através da nota. A avaliação pode se tornar também um instrumento de aprendizagem, estimular o estudante a auto-avaliação é uma forma de aprender desenvolvendo o senso crítico, autonomia e autoestima.

Nos PCNs a ideia é minimizar o pior dos problemas escolares que é a reprovação, que está sempre associada ao fracasso, sendo assim a solução para casos específicos. Assim a avaliação tem como objetivo desenvolver as capacidades (habilidades e competências) para isso propomos: avaliar como uma prática em processo de investigação diagnóstica contínua, cumulativa e compartilhada do desempenho do estudante com os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e com resultados ao longo do período sobre as eventuais provas finais. (Art. 24, inciso IV - LDB).

Portanto a avaliação do estudante nas diferentes faz da aprendizagem deve ser vista como um processo contínuo, sistemático e diagnóstico que envolva não só os conhecimentos adquiridos, mas também o desenvolvimento das habilidades necessárias à formação de hábitos conforme os objetivos propostos. E deve levar em conta o conhecimento prévio do estudante, o desenvolvimento constante das linguagens.

 

METAS

- Assegurar a todas as crianças um período mais longo de convívio escolar, oferecendo uma nova estrutura de convívio escolar, oferecendo uma nova estrutura de conteúdos que possibilitem uma aprendizagem e desenvolvimento mais amplos, requerendo ações pedagógicas que respeitem as crianças como sujeitas da aprendizagem.

- Possibilitar que nossos (as) estudantes cresçam como pessoas autônomas, seguros de quem realmente são, do que querem e para onde irão.

- Permitir à criança a experimentação, a análise e síntese, através de atividades que levem a desenvolver sua percepção, capacidade de comparação, diferenciação, reconhecimento e combinação de elementos, num processo de aprendizagem que parte do concreto para o abstrato.

- propiciar a formação continuada ao corpo docente, como atitude gerencial indispensável para o desenvolvimento do trabalho pedagógico qualitativo que, efetivamente, promova a aprendizagem dos (as) estudantes.

                                                              

AÇÕES

                A escola desenvolverá ações que garantam, ao estudante, um ensino fundamental de qualidade tais como:

                - Garantir a formação permanente dos professores.

                - Adequar o espaço físico, garantindo o acesso de qualidade.

                - Propor adaptação do currículo, garantindo ações pedagógicas que completem o lúdico e adotando estratégias didáticas adequadas.

                - Permitir o acesso permanente da família, garantindo a frequência escolar da criança, estimulando a participação nas atividades escolares.

                - Identificar estratégias para atender demandas escolares, alternando-as, quando necessário, para garantir o trabalho pedagógico eficiente e eficaz.

                - Conhecer as dificuldades e planejar atividades que ajudem as crianças a superar suas dificuldades.

                - Trabalhar com projetos que venham ao encontro dos interesses das crianças.

- adequar à metodologia do trabalho na promoção da aprendizagem e no atendimento do contexto de cada criança, de acordo com as diferenças individuais.